O Governo Roseana Sarney está condicionando a publicidade oficial nas rádios de São Luís ao alinhamento editorial do jornalismo das emissoras, seja na defesa do governo ou na proibição de entrevistas de lideranças políticas da oposição.

Os principais atingidos foram as rádios Educadora e São Luís, que vinham mantendo uma postura independente de A ou B, mas sempre abrindo seus microfones aos assuntos de interesse da sociedade.

A Lei da Mordaça, que já imperava na Rádio Timbira, que não permite que o ouvinte participe ao vivo da programação, agora se estendeu a esses dois veículos.

A publicidade do governo deveria atender a todos os veículos de comunicação, resguardando apenas seus índices de audiência.

Mas o que fazem é barganha com a verba para o setor, liberando-a aos que se submetem aos ditames do Palácio dos Leões.

Até mesmo uma lista negra, com nomes de pessoas que não podem ser entrevistadss em hipótese alguma , foi distribuída às rádios, que pretendem continuar a receber a propaganda de Roseana Sarney.

O que seria um ato legal de publicizar os atos do governo, se transformou em objeto de chantagem, já que as empresas de radiofusão dependem dessa verba de comunicação.

Assim, Roseana Sarney consegue abafar a série de escândalos protagonizados por seu secretariado, como o aluguel de avião e helicóptero, a compra de R$ 1 milhão em quentinha e cafezinho, etc, e formar uma massa acrítica e iludida de que o Maranhão está realmente de volta ao trabalho.

Do blog do Garrone

Caso comprovado

Um desses casos da mordaça da governadora Roseana Sarney ocorreu no lançamento do livro "Honoravéis Bandidos, Um Retrato do Brasil na Era Sarney", do jornalista Palmério Dória. Um dia antes do lançamento do livro em São Luís no Sindicato dos Bancários, Palmério tinha uma entrevista agendada na Rádio Educadora, pela manhã com o radialista Silva Alves. Porém horas antes da entrevista o chefe de redação da Educadora, Gojoba, ligou para o jornalista Marcos Nogueira coordenador do lançamento do livro em São Luís, avisando que a entrevista cancelada por ordens superiores. Ou seja, a governadora censuro com seu poder de barganha.

Hoje o Maranhão vive a ditadura da meios de comunicação