domingo, 31 de maio de 2009

SARNEY ADMITE QUE RECEBEU AUXÍLIO-MORADIA E PEDE DESCULPAS POR INFORMAÇÃO ERRADA

Gabriela Guerreiro
Folha Online, em Brasília


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pediu desculpas nesta quinta-feira por ter afirmado que não recebia auxílio moradia da Casa Legislativa. A Folha informa, na edição de hoje, que Sarney e outros três senadores receberam auxílio-moradia de R$ 3.800 mesmo morando em apartamentos funcionais do Senado ou em seus próprios imóveis.
"Eu nunca pedi auxílio. Por um equívoco, a partir do meio de 2008, verificaram que realmente estavam depositando na minha conta. Mas eu já mandei dizer que retirassem porque nunca requeri e tinha a impressão que não estava recebendo. Eu dei uma informação errada e peço desculpas", afirmou.
Sarney e mais três senadores recebem auxílio-moradia irregularmente Senado paga ilegalmente ajuda com habitação para 42 parlamentares Na terça-feira, Sarney respondeu que "nunca" recebeu auxílio-moradia, benefício pago mensalmente juntamente com o salário do senador. Sarney disse que, por estar mais de 30 anos no Senado, imaginava que não recebia o auxílio nos últimos anos. "Eu sei que estou há 30 e tantos anos aqui, nunca recebi auxílio moradia, eu não ia dizer para vocês que não estava recebendo se eu não tivesse essa convicção", disse.
A expectativa é que a Mesa Diretora do Senado anuncie nesta quinta- feira mudanças no pagamento do auxílio-moradia. Sarney confirmou que o tema será discutido pelos parlamentares e admitiu a possibilidade de uma nova regulamentação para o pagamento do benefício. "Vai necessitar [de nova regulamentação]", afirmou.
O presidente do Senado Federal disse que a denúncia de irregularidades no auxílio moradia é "mais um motivo" para que a Fundação Getúlio Vargas implemente mudanças sugeridas na instituição para uma espécie de 'reforma administrativa' na Casa.
Denúncias
Segundo a reportagem da Folha, Sarney e os senadores João Pedro (PT- AM), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Gilberto Gollner (DEM-MT) receberam o benefício. O presidente da Casa mora em seu próprio imóvel, enquanto os demais parlamentares vivem em apartamentos funcionais cedidos pelo Senado --por isso não poderiam receber o auxílio, que é pago para quem não ocupa imóveis funcionais.
Depois de procurados pela reportagem, todos pediram o cancelamento do auxílio. Anteontem, a Folha revelou que o Senado paga ilegalmente auxílio-moradia para 42 senadores. O ato que regulamentava o benefício foi revogado em dezembro de 2002.
O ato revogado, e que deve ser reeditado, definia que o auxílio só seria pago aos "senadores que não dispuserem de apartamento funcional". Já a lei 8.112 diz que o benefício será pago se "não existir imóvel funcional disponível".

SARNEY TERÁ DE DEVOLVER AUXÍLIO-MORADIA

De Eduardo Bresciani

A Mesa Diretora do Senado decidiu há pouco que os senadores que receberam de forma irregular o benefício de auxílio-moradia terão de devolver o dinheiro. O ressarcimento será feito por meio de desconto na folha de pagamento dos senadores. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é um dos que terá de devolver os recursos. Ele admitiu nesta manhã que recebia o benefício desde o ano passado. Ele alega que o pagamento era um erro administrativo. Sarney tem residência em Brasília e desde fevereiro mora na residência oficial do Senado.
Leia mais em: Sarney terá de devolver dinheiro do auxílio-moradia ao Senado * O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), admitiu na manhã desta quinta-feira que recebia auxílio-moradia, apesar de ter residência própria em Brasília. Reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" mostrou que, além dele, três outros senadores - João Pedro (PT-AM), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Gilberto Gollner (DEM-MT) -, que moram em apartamentos funcionais, recebem o auxílio, equivalente a R $3.800,00.

SENADORES RECEBEM AUXÍLIO-MORADIA IRREGULARMENTE

De Adriano Ceolin e Andreza Matais

Três senadores receberam auxílio-moradia de R$ 3.800 mesmo morando em apartamentos funcionais do Senado. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que mora em seu próprio imóvel, também recebeu o auxílio, mesmo tendo à disposição a residência oficial e fazendo uso dela. A Folha teve acesso a uma lista sigilosa de senadores que ganham o auxílio-moradia. João Pedro (PT-AM), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Gilberto Gollner (DEM-MT) receberam o benefício apesar de morarem em apartamentos funcionais cedidos pelo Senado, o que não é permitido pela legislação. Depois de procurados pela reportagem, todos pediram o cancelamento do auxílio. Anteontem, a Folha revelou que o Senado paga ilegalmente auxílio- moradia para 42 senadores. O ato que regulamentava o benefício foi revogado em dezembro de 2002. Ainda que o instrumento legal valesse, os quatro senadores estariam em situação irregular, pois somente os congressistas sem imóvel funcional podem receber o benefício. O ato revogado, e que deve ser reeditado, definia que o auxílio só seria pago aos "senadores que não dispuserem de apartamento funcional". Já a lei 8.112 diz que o benefício será pago se "não existir imóvel funcional disponível". Na terça-feira, Sarney respondeu que "nunca" recebeu auxílio-moradia, benefício pago mensalmente juntamente com o salário do senador. Mesmo depois de ter sido informado pela Folha de que seu nome constava na lista dos beneficiários, o senador insistiu nessa versão. Seus assessores afirmaram que a lista era falsa. Somente ontem a assessoria de Sarney confirmou que ele recebe o benefício desde maio de 2007, e admitiu que, mesmo após ele assumir a presidência, o pagamento foi mantido. A assessoria disse que Sarney não tinha conhecimento disso e pediu a suspensão do benefício.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cutrim quer distância da Polícia Federal

Cutrim quer distância da Polícia Federal

Pergunta que não quer calar? Inauguração da nova sede da Polícia Federal na Cohama hoje dia 29/05, e “por incrível que pareça” ausência de qualquer representante da Secretaria de Segurança do Maranhão na solenidade. Lembrando que o novo secretário Raimundo Cutrim é delegado da PF e o chefe da inteligência da Secretaria o investigado Aloísio Guimarães é agente da PF. Justamente os dois não foram prestigiar a nova sede da sua própria corporação! Ainda mais que o diretor Luis Fernando Correa estava presente! Pelo visto os dois não são bem vistos na própria corporação ou a melhor a corporação não os quer por perto, já que Cutrim pelo que sabe sempre foi um delegado zero a esquerda e Aloísio é alvo da Operação Boi Barrica, ou seja, é um meliante, e Polícia nenhuma quer bandido por perto. Essa é a face de quem vai nos garantir segurança daqui pra frente, pessoas que não tem credibilidade nem na sua própria instituição imagina com o povo. Agüenta Maranhão que o aumento de 43% de homicídios tende aumentar infelizmente. Perguntinha será que receberam pelo menos convite?

PFFF.....

Outra ausência sentida foi a de membros da família Sarney, agora essa ausência já é explicada, já que atualmente a Polícia Federal é o maior fantasma da sarneyzada dizem que o Fernando quando houve a palavra “pffff” até se borra hehheheh!!!! Porque será?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A RENÚNCIA NA CABEÇA

Divulgado em diversos jornais do país

Por Dora Kramer

O semblante carregado do presidente do Senado, José Sarney, expressa o desconsolo que lhe assola o espírito desde os primeiros dias da crise que coincidiu com o início de seu mandato. Incumbência pesada que, segundo confessou aos mais íntimos, já cogitou abandonar antes do prazo regulamentar de dois anos.
Se foi um impulso momentâneo ou um plano a ser executado a qualquer momento, fato é que Sarney há cerca de 20 dias começou a dar razão aos que o aconselhavam a ignorar fosse qual fosse a motivação – de ordem pessoal, familiar, política ou partidária – para concorrer à presidência do Senado.
Arrependido por ter deixado de lado o projeto de se eleger presidente da Academia Brasileira de Letras para, pela terceira vez em 14 anos, presidir o Senado, Sarney externou a vontade de renunciar. Ao cargo, ao mandato de senador, à carreira política.
Quando falou no assunto, referiu-se aos 80 anos de idade a serem completados no dia 24 de abril de 2010. Não deixou claro se marcava data para o gesto pretendido ou se apenas considerava imerecida tal desventura a essa altura da vida. Os 50 anos de vida pública lhe deram experiência e discernimento suficientes para perceber o tamanho do estrago.
O Senado no chão e ele pagando a maior parte da conta sem ter como resolver o problema. Por isso, ao dizer que pensava na renúncia como uma saída, avaliava que se candidatar à presidência foi um passo errado que o levou a perder o capital político de uma carreira que pretendia encerrar em alta.
Primeiro, havia sonhado em coroar a trajetória com a presidência da Academia Brasileira de Letras, nos 100 anos da ABL. Faria, aí, sua opção preferencial pela literatura. Enquanto se manteve fiel a esse projeto, José Sarney rejeitou toda e qualquer possibilidade de ser candidato a presidente do Senado. Dizia isso aos correligionários, mas também à família e aos amigos até novembro do ano passado.
Em dezembro, mudou. A alguns, para os quais havia dito que não disputaria, comunicou a mudança com a seguinte frase: “O destino me leva à política.” O destino, no caso, foi entendido como a percepção de que na presidência do Senado Sarney poderia ajudar dois dos seus três filhos: Fernando, com problemas na Polícia Federal, e Roseana, envolvida no embate judicial que afinal cassou Jackson Lago e deu a ela o mandato de governadora do Maranhão.
Estava, porém, escrito outro tipo de sina bem menos venturosa. A crise no Parlamento estourou logo na estreia e Roseana assumiu em meio às enchentes que desabrigaram milhares de pessoas e devastaram o estado, cuja recuperação demanda muito mais tempo que os 20 meses de mandato herdados por decisão da Justiça.
Posto o arrependimento em virtude da consumação dos piores fatos, os mesmos que haviam aconselhado Sarney a esquecer a presidência do Senado no mês passado lhe disseram para tirar da cabeça essa história de renúncia.
Primeiro, porque a primeira “loucura” (de presidir o Senado) não poderia ser consertada com outra maior. Em segundo lugar, se a preocupação de José Sarney é com a biografia, a rendição na adversidade não seria a melhor contribuição à História.
Agora, na opinião dos amigos, o senador Sarney não tem outra saída: é investir na recuperação da credibilidade sob a orientação do seguinte lema: não se pode fazer tudo errado e, o fim, esperar que dê tudo certo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Jackson acusa Roseana de humilhar prefeitos ao mandar sequestrar convênios

O ex-governador Jackson Lago disse ontem que a governadora Roseana Sarney está mostrando que a oligarquia quer fazer o Maranhão voltar aos tempos anteriores ao governo da Frente de Libertação, “desrespeitando a Assembléia, afrontando o Judiciário e humilhando os prefeitos”.A declaração do governador deposto se refere ao episódio do verdadeiro seqüestro de recursos que foi o estorno do dinheiro dos convênios assinados pelo Estado com mais de cem municípios, nos dois últimos meses da administração Jackson.

O estorno foi determinado pelo juiz Megbel Abdala, da 4ª Vara da Fazenda Pública, na semana passada, por solicitação da governadora. Sobre os convênios celebrados dentro de uma visão administrativa municipalista, instaurada pelo então governador Jackson Lago, o mesmo entendia de que possibilitariam “obras de grande alcance social e que viriam a beneficiar a uma parcela significativa da população do Maranhão”. “Condenar os convênios é uma visão de quem está habituado a centralizar o poder e a concentrar riquezas nas mãos de poucos.

Em nossa gestão, os convênios foram fundamentais, com as obras acontecendo em ritmo acelerado e administradas diretamente pelos municípios”, frisou Jackson Lago.

A Prefeitura de São Luís chegou a reverter os recursos de seus convênios aos cofres municipais, através de uma decisão do desembargador Jaime Ferreira de Araújo, em agravo de instrumento. Mas, o magistrado reconsiderou sua decisão e os recursos retornaram novamente às contas do Estado.

Jackson Lago encontra-se em São Paulo, onde realiza um check-up médico “coisa que não tive condições de fazer com a calma necessária, quando estive à frente do governo do Estado”. O ex-governador deve retornar a São Luís dentro de mais alguns dias, para retomar a luta política no Estado.

Blog do Garrone

terça-feira, 12 de maio de 2009

JACKSON LAGO NEGA ACUSAÇÕES DE FRAUDE E ATACA FAMÍLIA SARNEY




Sobre as acusações de ter fretado aviões pelo dobro do preço de mercado e ter pago R$ 114 mil por uma viagem de São Luís para Brasília e São Paulo, o ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), respondeu às acusações de irregularidades com ataques à família Sarney e à governadora Roseana Sarney (PMDB), que o substituiu.“Os Sarney têm a técnica do ladrão que sai gritando ‘pega ladrão’ para disfarçar suas ações”, disse Lago.

O ex-governador disse que se defenderá de todas as acusações, uma a uma. “Eles estão revoltados porque eu economizei dinheiro ao contratar uma empresa de São Luís para os voos. O governo de Roseana tinha convênio com uma empresa de jatinho do Recife. Toda vez que viajava, o avião tinha de se deslocar de Pernambuco. Imagine o preço que ficava.”

O pedetista disse que, ao contrário do que afirma o atual governo, não promoveu o superfaturamento de contratos. “Economizei. Todo mundo que me conhece sabe que só tenho um apartamento, comprado com meu dinheiro de médico-cirurgião. Vá ver os bens dos Sarney.”

Ele criticou Roseana por, segundo ele, usar um jatinho em seus deslocamentos. “Eu não quis jatinho. Procurei uma empresa local, com aviões muito mais baratos. Foi isso o que fiz.”Lago disse que está preparado para responder a todos os inquéritos, processos e acusações que lhe forem feitas. Para tanto, contratou o advogado Daniel Leite, que o defenderá já nos três primeiros inquéritos.

Quanto à acusação do governo atual de que assinou contrato superfaturado com uma fundação, ele disse que provará também que não há nada irregular. “A verdade vai aparecer”.


Blog do John Cutrim

ROSEANA É CITADA NA VEJA COMO EXEMPLO DE CORRUPÇÃO NA POLÍTICA


Fantasma da Lunus volta a assombrar


A ocupante do governo do Maranhão aparece na companhia de outros políticos 'fichas sujas', como Jader Barbalho, Fernando Collor, Severino Cavalcanti e Edmar Moreira
Por Oswaldo Viviane
Uma reportagem publicada na revista Veja que chega hoje às bancas do Maranhão cita a ocupante do governo estadual, Roseana Sarney Murad (PMDB), como exemplo de corrupção impune na política. A revista relembra o "caso Lunus", episódio que fraturou a pré-candidatura de Roseana à Presidência da República, em 2002. De acordo com a Veja, apesar do escândalo - a apreensão pela Polícia Federal de mais de R$ 1,34 milhão em dinheiro vivo, cuja origem nunca foi devidamente explicada, no cofre da Lunus, empresa de Roseana e de seu marido Jorge Murad -, a filha de José Sarney conseguiu, no mesmo ano de 2002, se eleger senadora.Além de Roseana Sarney, outros políticos que se elegeram, mesmo depois de comprovado o envolvimento deles com falcatruas diversas, também são mencionados pela Veja: Jader Barbalho, Fernando Collor, Severino Cavalcanti e João Paulo Cunha.A reportagem, intitulada "Verdades que envergonham", tem como mote as declarações do deputado Sérgio Moraes (PDT-RS), que declarou esta semana que está "se lixando para a opinião pública" e que a opinião pública não acredita no que os jornalistas escrevem. "Vocês batem, batem e nós nos reelegemos mesmo assim", disse Sérgio Moraes, que já respondeu a processo até por favorecimento à prostituição. Leia a seguir a íntegra da matéria da Veja e um resumo do "escândalo Lunus"."O Congresso seria bem diferente se todos os deputados e senadores seguissem o exemplo do deputado Sérgio Moraes, do PTB do Rio Grande do Sul. Na semana passada, o nobre parlamentar gaúcho deu uma invejável demonstração de sinceridade aos colegas e aos eleitores. Relator do processo que analisa as peripécias do deputado Edmar Moreira - aquele que tem um castelo de 25 milhões de reais e nunca declarou isso ao Fisco e também cultivava o hábito de usar a verba de gabinete para contratar serviços de suas próprias empresas -, Moraes se irritou com os jornalistas que cobravam dele uma posição mais rigorosa sobre o caso e disparou uma das mais honestas declarações que se ouviram da boca de um político nos últimos tempos: "Eu estou me lixando para a opinião pública! Até porque a opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, batem e nós nos reelegemos mesmo assim".A repercussão foi tanta que Moraes foi ao plenário se explicar, mas, no geral, não recuou um milímetro do que dissera - nem deveria. O deputado está certíssimo. Ele e uma parte considerável de seus colegas realmente não se importam com o que pensam os eleitores e, como tem ficado evidente diante dos últimos escândalos, agem com profundo desprezo em relação às questões mais elementares da ética, movidos pela convicção de que ainda serão premiados por isso nas próximas eleições.Ficha corrida - A biografia do deputado é a própria demonstração do seu teorema político. Deputado federal em primeiro mandato, Sérgio Moraes presidiu o Conselho de Ética até março. Seu principal feito no cargo foi trabalhar pelo arquivamento do processo contra o deputado Paulinho da Força (PDT-SP), que participou de esquema de desvio de recursos do BNDES.Antes de chegar a Brasília, Moraes teve dois mandatos de vereador e dois de prefeito em Santa Cruz do Sul (RS), também foi duas vezes deputado estadual. Vencia eleições à medida que respondia a processos. Há oito acusações contra ele no Supremo Tribunal Federal, entre as quais algumas bizarras, como a instalação de um telefone público na casa do próprio pai quando era prefeito. E já respondeu a outras um pouco mais delicadas, como a de receptação de jóias roubadas e de envolvimento com uma rede de prostituição - crime pelo qual chegou a ser condenado em primeira instância.Apesar da ficha corrida, o deputado é campeão de votos na região. Sua popularidade é tamanha que ele elegeu a mulher prefeita de Santa Cruz do Sul e o filho vereador da mesma cidade. Por isso, Moraes sabe o que fala quando diz que está se lixando para a opinião pública.Anistia do eleitor - Há dezenas de outros exemplos de parlamentares que se envolveram nos mais escabrosos escândalos da recente história política brasileira e que flanam pelos corredores do Congresso anistiados pelos eleitores (veja quadro abaixo, com Roseana Sarney, Jader Barbalho, Severino Cavalcanti, Fernando Collor e João Paulo Cunha). São as evidências reais de que o deputado Sérgio Moraes, infelizmente, apenas reproduziu a verdade."O que se convencionou chamar de opinião pública atinge um público restrito, com um pequeno poder de mobilização. Grande parte da população não tem acesso às informações sobre os desmandos dos políticos. E mesmo aqueles que têm informação estão mais preocupados com problemas cotidianos, como emprego, salário e educação dos filhos, deixando a política em segundo plano", diz o cientista político Rubens Figueiredo.Para Claudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil, as denúncias sobre os desmandos ainda são a melhor arma para a sociedade se defender dos maus políticos. "Nos últimos anos o acesso à informação tem sido facilitado e, com isso, a vida dos políticos corruptos tende a ficar mais difícil, mas é um trabalho de longo prazo", afirma. A entidade vê com bons olhos a possibilidade de proibir os políticos com ficha suja de disputar eleições.Protegidos pelos Sarneys - Apesar de algumas demonstrações de indignação sobre as declarações de Sérgio Moraes, o Congresso, como regra, tem seguido linearmente o que o deputado prega - só que no mais conveniente silêncio.Há duas semanas, por exemplo, foi revelado que João Carlos Zoghbi, ex-diretor de recursos humanos do Senado, e sua mulher, Denise Zoghbi, receberam 2,3 milhões de reais do Banco Cruzeiro do Sul pela renovação de contrato para concessão de crédito consignado aos funcionários do Senado. O pagamento foi feito a empresas do casal, que estavam registradas em nome de uma ex-babá de 83 anos. Em vez de remeter a investigação do caso à Polícia Federal, como seria o normal, o presidente do Senado, José Sarney, preferiu chamar a Polícia Legislativa.Zoghbi, o milionário, tem uma relação muito próxima com o grupo político de Sarney e seu padrinho político é o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, aliado de Sarney. Seu chefe imediato no Senado era Agaciel Maia, o ex-diretor-geral demitido por esconder a propriedade de uma mansão de 5 milhões de reais. Agaciel chegou à direção do Senado em 1995, após ter protegido Roseana Sarney, filha de Sarney, de uma investigação do Ministério Público sobre uso político da gráfica do Senado, que ele presidia.Qualquer investigação minimamente séria teria de se debruçar sobre as ligações políticas dos funcionários afastados com os parlamentares que comandam o Senado. Traduzindo: é uma investigação apenas de mentirinha, de faz de conta, para não chegar a lugar algum e deixar tudo como está. Os senadores também estão se lixando para a opinião pública. (Otávio Cabral)


CRIME E PERDÃO


É constrangedor, mas o deputado Sérgio Moraes tem razão. Autoridades, deputados e senadores envolvidos em grandes escândalos foram absolvidos pelos eleitores

Milhão escondido - Roseana Sarney renunciou à candidatura à Presidência depois que a polícia apreendeu 1 milhão de reais de origem desconhecida em seu comitê de campanha. No mesmo ano, elegeu-se senadora.
Corrupção e Fortuna - Jader Barbalho renunciou à presidência do Congresso acuado por denúncias de enriquecimento ilícito. Um ano depois, foi eleito deputado federal.

Propina - Severino Cavalcanti renunciou à presidência da Câmara por receber propina de um dono de restaurante. Três anos depois, elegeu-se prefeito de João Alfredo (PE).

Impeachment - Fernando Collor perdeu o mandato de presidente após ser acusado pelo próprio irmão de liderar um governo corrupto. Catorze anos depois, foi eleito senador por Alagoas.

Mensaleiro - João Paulo Cunha foi absolvido pelo plenário da Câmara em 2006 por receber dinheiro do esquema que ficou conhecido como mensalão. No mesmo ano, foi reeleito deputado.



Roseana e Jorge Murad nunca explicaram dinheiro escondido na Lunus


No dia 1º de março de 2002, uma operação da Polícia Federal encontrou R$ 1,34 milhão, em 26.800 notas de R$ 50, no cofre do escritório da Lunus Serviço e Participações Ltda., localizado no Edifício Adriana, no Renascença II. A apreensão ocorreu num momento em que Roseana Sarney Murad, sócia majoritária da Lunus, detendo 82,50% de seu capital (seu marido Jorge Murad tinha 17,27%), então no PFL, cavalgava com desenvoltura em índices expressivos nas pesquisas entre os pré-candidatos à Presidência da República. A imagem dos bolos de notas de R$ 50, exibidas com destaque pelas TVs de todo o país, implodiram a pretensão de Roseana e do clã Sarney de chegar mais uma vez ao mais alto cargo político do país. Em 13 de abril, Roseana desistiu de ser candidata à Presidência e anunciou que concorreria ao Senado, sendo vitoriosa na eleição.

O casal Roseana/Jorge: perguntas sem resposta


A dinheirama achada na Lunus nunca foi devidamente explicada, apesar de oito tentativas feitas por Roseana e Jorge Murad. Primeiramente, eles disseram que o dinheiro era da Lunus. Depois, que pertencia a outra empresa, e estava só guardado no cofre da Lunus. Reserva financeira para comprar madeira de construção e resultado de uma venda de chalés numa praia foram outras versões apresentadas para tentar explicar de onde veio o R$ 1,34 milhão, até que o casal Roseana/Jorge finalmente definiu-se pela versão da doação à campanha de Roseana de parentes, amigos e empresários ligados ao clã. Entre os supostos doadores, apareceram Fernando Sarney (irmão de Roseana), dois tios e um irmão de Jorge Murad, o próprio Jorge (que disse ter doado R$ 200 mil a Roseana sem o conhecimento dela...), o empreiteiro João Claudino, o prefeito de Altamira do Maranhão, Rosalino Silva, o empresário e político Ildon Marques e Antonio Klinger de Souza, irmão do atual ocupante do cargo de vice-governador, João Alberto de Souza.Ninguém acreditou na história, mas mesmo assim o caso foi arquivado pela Justiça e o dinheiro devolvido a Roseana e Jorge. Ficaram sem resposta perguntas óbvias. Por que todos os doadores acharam que o cofre da Lunus, uma empresa instalada num prédio com vigilância amadora, era mais seguro que o cofre de um banco? Por que Jorge Murad, em vez de ir sacando o dinheiro conforme as necessidades de campanha, preferiu pegar a bolada de 200.000 reais em dinheiro vivo e metê-la num cofre? Por que o PFL não doou nada à sua pré-candidata, Roseana, apesar de o partido ter, em 2002, R$ 17 milhões de reais do fundo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Governo x Realidade

Nada de novo no horizonte
Matéria publicada no Site Imirante
GOVERNO ROSEANA ANUNCIA MEDIDAS PARA COMBATER A CRIMINALIDADE NO MA SÃO LUÍS -

Construção de minipresídios no interior do Estado, monitoramento eletrônico em ruas e avenidas da Capital e nomeação de delegados concursados.Essas são algumas das medidas emergenciais que serão adotadas a partir de agora no combate á criminalidade no Estado. De acordo com Raimundo Cutrim, novo secretário de segurança, também será feito um levantamento sobre os salários dos policiais civis e militares, que deverá servir de base para um projeto de equiparação salarial das categorias. O objetivo é colocar fim ou, pelo menos, reduzir a criminalidade e a insegurança em todo Estado. Cutrim destacou a urgência em combater a criminalidade e anunciou medidas para tentar solucionar boa parte dos problemas da segurança publica.E a segurança pública no Maranhão tem pela frente um grande desafio: Além do combate à criminalidade, a reorganização da estrutura da segurança no Estado. A começar pelo sistema penitenciário onde, segundo a CPI Carcerária, existem hoje quase 5.300 para 1.716 vagas. E apenas 415 agentes penitenciários.O resultado é que só este ano aconteceram quatro rebeliões além de fugas na Capital e no interior do Estado.Raimundo Cutrim reconhece os problemas e anunciou a retomada do projeto de construção de 18 pequenas penitenciárias no Maranhão. Cada uma com capacidade para 168 vagas.A falta de delegados no interior do Estado também é uma fonte de preocupação.Também será dada atenção para as patrulhas dos bairros, que agora estão subordinadas ao comandante do batalhão da área em que atuam. Outra preocupação é com a dedicação exclusiva dos policiais militares. Segundo o secretário, nas horas vagas, cerca de 25% dos PM’s trabalham como seguranças particulares, o que acaba prejudicando a atuação dos policiais.

A realidade
ENTÃO TAH MARANHÃO!!!

A governadora Roseana não deixa o Del.Cutrim afirmar que dará continuidade à política de segurança implantada pelo Governo Jackson Lago.

1.Monitoramento: projeto idealizado e em tramitação na SESEC com pedido de convênio à SENASP para liberação de recursos visando a implantação de 100 câmeras na grande São Luis e presídios.

2.Construção de minipresídios: tarefa já iniciada no Governo Jackson Lago com a transformação da delegacia de Chapadinha em Centro de Ressocialização e implantação em Pedreiras com método APAC - Associação de Proteção e Assistência ao Condenado. E só o governo Jackson topou pagar R$ 50 mil/mês para o método APAC, que vem sendo tentado desde os últimos 8 anos da Governadora. Na verdade, esta iniciativa é uma forma de terceirização porque entrega a unidade para gestão de uma ONG. Só que neste caso o pessoal do judiciário aprova.

3. Agentes penitenciários x vagas: o Governo Jackson abriu 520 vagas em apenas 2 anos de governo. Roseana em 8 anos, 450. E ainda foi no governo federal e conseguiu recursos para abrir 1. 438 vagas, sendo cada unidade com 200 vagas: Imperatriz, Pinheiro,expansão do presídio São Luis e presidío feminino em São Luis. Em toda a história deles, foram abertas 1.716 vagas. O Governo Jackson contratou prestadoras de serviço na área para monitorar junto com agentes os presídios porque encontrou uma relação DESUMANA entre número de presos e agentes : 1 agente para 40 presos em média quando o indicado é 1 agente para 5 presos.