quinta-feira, 5 de novembro de 2009

AS HORAS DE LUTA SERÃO AS MAIS BELAS

O lançamento do livro, Honoráveis Bandidos, do jornalismo Palmério Dória despertou a parte execrável dos serviçais do poder no Maranhão, aqueles que em qualquer governo estão dispostos a tudo, almas vendidas por alguns trocados, desprovidos do sentido da História contemporânea e do significado de conceitos básicos, como convivência democrática. Os estudantes e jovens que tumultuaram e agrediram os presentes no lançamento do livro, sobretudo na figura simbólica e paradigmática do ex-governador Jackson Lago, revelam a faceta mais conhecida da maranhensidade, o medo.

Os donos do poder, bruxuleando nas mídias televisiva, radiofônica, impressa e digital, diga-se de passagem, de sua propriedade e de seus serviçais, são incapazes de mostrar a cara. Não tem coragem, nunca foram bravos e fortes, filhos do Norte, como no poema de Gonçalves Dias, que escamoteiam em mais uma campanha publicitária.

Muitos dirão que é o desespero que a proximidade do ano eleitoral desperta, posto que são tão pobres de criatividade e propostas reais, que conseguem no máximo cinicamente se repetir: reeditando a cidadania de papel (como se retirar documentos fosse mudar radicalmente a exclusão social existente); assumindo paternidade das obras do governo federal; tomando como de sua autoria as obras e iniciativas do governo Jackson Lago; mobilizando o aparelho repressor num quadro de violência onde a simples repressão não funciona mais; submetendo prefeitos e lideranças políticas aos despachos humilhantes e ameaçadores nos Leões; manipulando os tentáculos disponíveis nos demais Poderes para perseguir e ganhar a adesão dos aliados; fazendo concurso público para setores historicamente atendidos, com números de vagas abaixo da demanda, sem tocar no exército de comissionados que substituem os efetivos, e claro, trataram de preencher, manter e expandir.

Essa é uma pequena lista dos equívocos voluntários e involuntários fruto da incompetência de quem não tem talento, engenho e arte para governar coisa alguma.

De nossa parte, abraçando a provocação de Gonçalves Dias, devemos: revestir-nos da coragem impassível, do ardor da justiça, da certeza da vitória, da clareza da causa, da convicção da luta, da força do coletivo estamos juntos, somos mais fortes, podemos reconquistar o legitimamente ganho e judicialmente roubado. Nesta luta que não terá descanso pela democratização do Maranhão, tenho certeza, iremos dizer em futuro próximo, foram as horas mais belas de nossas vidas, os dias que mais valeram viver.

Por Jhonatan Almada

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