terça-feira, 11 de agosto de 2009

CONSELHO DE ÉTICA DO SENADO VAI NA CONTRAMÃO DA ÉTICA JUDICIÁRIA


Uma das questões que me chamaram muita atenção nos últimos tempos é em relação a reformas na justiça, nas leis, na economia todos pedem reformas em todas as áreas. Já que os crimes se diversificaram as crises econômicas mudaram os rumos dos investimentos no mercado interno quanto externo.

Porém como não poderia de ser o Senado que tem sido o centro das atenções nos últimos dois meses, vem mostrando de forma vergonhosa como se é feito o julgamento de um parlamentar em nosso país. O senador Paulo Duque é o presidente do Conselho de Ética responsável por analisar as representações de outros senadores por quebra de decoro parlamentar contra um colega. Em primeiro lugar este cidadão é suplente, ou seja, ele não foi eleito para esse cargo ele herdou de outra pessoa. Além disso, o senador Paulo Duque que é da base aliada do senador José Sarney, indeferiu 11 representações contra o presidente do Senado, quer dizer ele impediu que 11 suspeitas de crime cometidas por Sarney fossem investigadas, tudo devido às alianças e o poder em jogo.

Agora o caso vai para o Conselho de Ética com uma comissão formada por outros senadores e a notícia que se vê nos noticiários é que a base de oposição contra o Presidente do Senado tenta convencer alguns senadores do PT a aprovarem duas ou três representações, ou seja, novamente tudo é um jogo de interesses. Mesmo que as provas sejam as mais claras possíveis, mesmo que escutas revelem as falcatruas cometidas nos atos secretos, mesmo que documentos revelem desvios de dinheiro publico para fundações que se dizem beneficentes, nada disso interessa.

Tudo é analisado e deferido conforme favores, dividas e acordos. O julgamento do Senado vai à contra mão da ética judiciária que prevê provas e fatos para se julgar e condenar alguém com imparcialidade, por isso existe os julgamentos públicos com pessoas idôneas e preparadas para definir a culpa ou não de um criminoso. Ao contrario do que ocorre no Senado, que um criminoso senta na cadeira mais alta do legislativo brasileiro, mostram-se as provas dos seus crimes, e ele pode ser salvo por uma comissão formado pela maioria dos seus aliados que defini se abre ou não investigação.

Infelizmente quanto mais se mexe na obscura política nacional, mais decepcionado ficamos nós civis que lutamos por uma vida melhor, enquanto alguns bandidos enriquecem a custa dos nossos tributos que pagamos mensalmente. Antigamente eu achava que culpados éramos a gente, já que os colocávamos esses políticos corruptos nos seus cargos. Mas depois do que ocorreu aqui no Maranhão com a cassação do Governador eleito Jackson lago, quebrando 40 anos de ditadura, num julgamento formado novamente por pessoais colocadas pelo Sarney no Superior Tribunal Eleitoral que decidiram o futuro do nosso Estado, hoje eu tenho a certeza que os culpados não é a população em si, mas sim os políticos criminosos. Que usam e abusam dos seus poderes para se manterem eternos nos seus cargos e assim roubar da população o direito de viver em um país justo e honesto.


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