quinta-feira, 4 de junho de 2009

SEGURANÇA CIDADÃ: RISCO DE RETROCESSO

Por: Robert Lobato
http://www.jornalpequeno.com.br/Blog/RobertLobato/

Interessante e esclarecedora a entrevista do padre Victor Asselin, ontem, no programa ‘Questão de Ordem’, da Rádio Capital.

Advogado, fundador da CPT e ex-coordenador do Conselho de Segurança Cidadã, padre Vitor Asselin falou por duas horas sobre os fundamentos da política de Segurança Cidadã adotada na gestão da doutora Eurídice Vidigal.

Ficou claro nas palavras de padre Vitor, o quanto era revolucionário os princípios, conceitos e diretrizes que norteiavam a questão da segurança pública no Maranhão nos poucos mais de dois anos do governo Jackson Lago.

Os chamados conselhos comunitários de segurança cidadã foram responsáveis por uma série de ações preventivas em benefício das comunidades maranhenses. Mudou-se o enfoque meramente repressor/violento da polícia para um relacionamento mais humano, cujo objetivo era forjar uma nova relação entre o Estado e cidadão, onde o primeiro se sentisse partícipe da formulação, implantação e execução das políticas públicas de segurança do Maranhão.

Iniciamente, segundo o padre Victor, o planejamento das atividades teve início pela Região Metropolitana de São Luís, mas o objetivo era avançar rumo para a sua interiorização e chegar às várias regiões do estado.

Os conselhos funcionam como um instrumento democrático, agregando o maior número de participantes de vários segmentos políticos, sociais, entidades e a classe empresarial, para discutir juntamente com o governo assuntos de interesse da população, bem como articular e buscar soluções para os problemas e dificuldades existentes em cada localidade.

RETROCESSO - Durante a entrevista, o ex-coordenador do Conselho de Segurança Cidadã admitiu haver sinais claros que os atuais gestores do sistema de segurança do Maranhão, sob o comando do secretário Raimundo Cutrim, irão abandonar a prática dos Conselhos, o que trará um enorme prejuízo a uma política que não era apenas do governo Jackson Lago, mas do próprio governo Lula, que a governadora Roseana Sarney tanto diz venerar.

Além da participação da sociedade na elaboração das políticas de segurança, pode-se ainda vê o fim dos serviços da chamada Patrulha dos Bairros, uma iniciativa que veio no bojo da concepção da política de Segurança Cidadã.

Espera-se, apenas, que o desmonte uma proposta inovadora e democrática, recomenda inclusive pela ONU, não sirva para o retorno de métodos arcaicos e desumanos de “segurança” como a famigerada “Operação Tigre”.

Um comentário:

  1. Discordo plenamente do Jornal Pequeno, não existe risco de haver retrocesso, o retrocesso já ocorreu, é fato consumado. O Primeiro retrocesso foi a Diplomação da Governadora do TSE, o segundo foi a indicação do obtuso Cutrim como secretário, a terceira é a total desimcompatibilização da política estadual de segurança com o governo federal, a quarta é o afastamento da Segurança estadual da Polícia Federal, o quinto é o desrespeito ao povo, o sexto é a confusão no Detran..., etc, etc, etc, o povo da Segurança/Detran é tão incompetente que pensa que a Segurança Pública deve atuar como Agentes de Trânsito quando a competência é dos profissionais do município... Êta povinho limitado!

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