sexta-feira, 12 de junho de 2009

APÓS DEMISSÃO DE NETO DE SARNEY, MÃE HERDOU VAGA





Um dia após a revelação de que um neto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), passou 18 meses pendurado na folha de pagamento do Senado como funcionário do gabinete de um senador amigo da família, eis que surge mais uma polêmica. Assim que o garoto foi demitido, em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo no poder público, a mãe dele foi contratada - para o mesmo cargo, no mesmo gabinete, e com o mesmo salário.

A nomeação do estudante João Fernando Michels Gonçalves Sarney foi revelada na edição de ontem do jornal O Estado de S. Paulo. O caso veio a público graças ao surgimento de 300 boletins secretos em que parentes e amigos de senadores eram nomeados para cargos no Senado sem que seus nomes aparecessem em publicações oficiais. A demissão do garoto foi publicada num desses boletins, o que, à época, permitiu que a contratação passasse despercebida. João Fernando, de 22 anos, é filho do empresário Fernando Sarney, primogênito do senador.

Em 2 de outubro passado, ele teve de ser exonerado. Como não pôde ficar no posto, sob pena de o Senado estar descumprindo a ordem do Supremo, apelou-se para uma solução literalmente caseira. João Fernando deixou de receber o salário, mas o contracheque continuou a chegar em sua casa. Desta vez, em nome de sua mãe. Vinte dias após a exoneração do neto de Sarney, a mãe dele foi contratada como secretária parlamentar do gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), aliado político do senador Sarney.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMENTÁRIO:

Aonde Chegaremos com políticos desta categoria?
Uns poucos privilégiados com salários que a maioria não recebe nem em um ano de muito trabalho. São agraciados pelo simples fato de serem "amigos ou parentes das pessoas políticos".
Enquanto isso, o povo sonho com um país mais justo e com igualdade de direitos. Com um país, em que o mais importante num curriculo não seja o sobrenome.
São anos de abandono e carência de políticas públicas.
Mas o Sarney não sabia da contratação do neto e o Cafeteira, coitadinho, não sabia que "pagamento de favores", não era a qualificação necessária para se assumir o cargo.

Então tah!!!

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